... Redigida por uma brasileira, claro!
Viver na França não é fácil! Viver longe da cultura e hábitos com os quais somos familiarizados pode se tornar uma missão árdua e fatigante. A começar pela alimentação. Este é o primeiro assunto de vários que irei brevemente comentar neste blog.
Não é novidade pra ninguém que a França é referencia quando se trata de alta gastronomia. As experiências que tive neste quesito, durante o meio semestre que moro aqui, foram muito agradáveis! Tive a oportunidade de fazer bons ateliês de enologia e cozinha gourmet, alem de conhecer chefs de restaurantes e estudantes na formação de gastronomia (que aqui é um curso levado muitíssimo a sério). Portanto, meus conceitos são baseados exclusivamente em empirismo puro!
COZINHA FRANCESA:
A noticia que me surpreendeu: Os franceses não sabem cozinhar. Isso mesmo, se voce é apenas um cidadão comum, nascer na França não te traz habilidade extra nenhuma na cozinha. Os franceses em geral não sabem cozinhar. Nadinha! Fazem aquele tipo de mulheres modernas que trabalham fora e acham mais importante pagar as contas do que saber fritar um ovo. Pois bem, existem várias escolas de gastronomia onde as pessoas que querem se tornar chefs ou simplesmente aprender a cozinhar por hobbie podem se inscrever e começar, desde os primeiros passos, a preparar uma boa refeição. A variedade é grande, pode-se fazer desde um simples curso de noções básicas (comum entre moças recém-casadas), patisseries (especialidade em quitutes e pequenas sobremesas), boulanger (padaria) a, por fim, menus (diz-se: entradas, pratos e sobremesas).
O investimento é caro; em Paris, a média de preços para um curso de cozinha com duração de dois meses é de aproximadamente 3 mil euros. Isso equivale a RS 9870, 00 reais (considerando-se o euro a RS 3, 29). Ainda assim, os franceses consideram este um bom investimento, visto que a profissão de chef em um restaurante é muito bem vista e bem remunerada.
Duas referencias:
http://www.ecolecuisine-alainducasse.com/
http://www.cordonbleu.edu/
O QUE COMER:
Bom, a maioria dos turistas desavisados que chegam a Paris são “arrastados” para os famosos bairros turísticos atrás da típica cozinha francesa: Saint Michael, Monmartre e Moufftard. La é possível encontrar comidas de todos os gostos e a preços bem acessíveis, se comparados ao custo de vida de Paris (Diga-se menu completo por 10 euros). Entre as opções, em unanimidade, escargots, sopa de cebola (soupe a l’oignon), steak haché e as famosas pernas de rãs (cuisses de grenouilles).
Opinião Pessoal: Frequentei vários! ótimo custo x beneficio, POREM, passa longe da verdadeira (e
boa) cozinha francesa!
SUGESTAO:
Os pequenos bistrots, com chefs independentes, discretos e preços acessíveis. Os cardápios são fixos
na porta de entrada e todos tem acesso ao conteúdo e inclusive preços das refeições antes de entrar e
escolher seu restaurante. Cesta de pães e água são gratuitos em todos os restaurantes da França,
desde que se peça por uma garrafe d'eau. As boutelles d'eau são pagas.
Os que eu descobri por acaso:
L Auberge des Deux Ponts: O cardápio muda de acordo com as estações do ano. Preço médio de um
menu completo: EUR 16,00.
7, Rue des Deux Ponts, Paris.
Lilane: Especialidade em frutos do mar. Preço médio do menu completo: EUR 24,00.
8, Rue Gracieuse, Paris.
PRATOS TIPICOS:
Raclette: Uma chapa quente, queijo tipo raclette (que derrete quando esquenta), pedaços de carne de
todas as variedades, legumes cozidos e molhos. Cada um prepara a gosto em uma pequena pázinha
individual.
Fondue: Sim! Típico. Mas a receita verdadeira é a de queijo com pão.
Foie Gras: Fígado gordo, tradução literal. Fígado de pato cozido em forma de blocos, servido com a
gordura in natura, geralmente acompanhado de pão, torradas e geleia de figo/frutas secas.
Charcuterie: Alimentos preparados a base de carne, de origem franco-italiana, originalmente criada como uma maneira de se preservar as carnes antes do advento da refrigeração. Comumente feita de porco, defumada ou não.